// “…ninguém está imune ao risco da infecção e a prevenção sempre vai ser a melhor solução”, diz Vick Diamond, Drag Queen e integrante do MIX da Prevenção. | Pela Vidda

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“…ninguém está imune ao risco da infecção e a prevenção sempre vai ser a melhor solução”, diz Vick Diamond, Drag Queen e integrante do MIX da Prevenção.


 

Famosa na noite carioca, onde abrilhanta alguns dos mais importantes points LGBTs da cidade, durante o dia (e as vezes também à noite!) Vick Diamond assume outro desafio: levar informação sobre prevenção, testagem e o vírus HIV para as pessoas.

 

1 – De acordo com a sua experiência no Grupo Pela Vidda-RJ e na equipe do MIX da Prevenção, como você vê a questão do estigma e do preconceito contra a população LGBT que vive com HIV?

O estigma do HIV nos dias de hoje infelizmente está muito presente e ainda muito atribuído a população LGBT (principalmente gays e trans). A mudança ocorre de dentro pra fora, os ativistas, as ONGs e as pessoas precisam entender que o HIV não é algo exclusivo dessa população. Mas quando uma trans fica internada ou um gay adoece os próprios “amigos” ou pessoas conhecidas deduzem o HIV e isso é muito triste.

2 –  Nas conversar que você tem com o publico na rua, na noite etc, você acha que os LGBTs estão informados sobre o vírus, sobre prevenção e testagem?

A informação muitos tem, mas o que diferencia as pessoas é “o que fazer com essa informação?”. A mudança de atitude seria o mais aconselhável, porém muitos não fazem. Por exemplo, sabem que precisam transar com camisinha, mas não o fazem por opção, ou seja jogaram a informação fora.

3 - Os gays e HSH ainda estão entre os mais vulneráveis a novas infecções. Como combater isso?

O combate é realmente fazer essas pessoas entenderem de que ninguém está imune ao risco da infecção e que a prevenção sempre vai ser a melhor solução.

4 – Você é uma das drags mais famosas do Rio de Janeiro! Você sofre preconceito por assumir essa “personagem”? Que mensagem você passa para essas pessoas, para que elas tenham coragem de enfrentar o preconceito?

Incompreensão, intolerância e preconceito são palavras bem parecidas. Quando o outro tem medo daquilo que é diferente ou novo, ele precisa conhecer e se dar ao direito de deixar o outro ser o que quiser. Os dedos da mão são todos diferentes, cada um possui um tamanho, uma digital, um formato e todos agem junto na hora de abrir a porta, fechar a torneira, cumprimentar um amigo. Assim deveriam ser as pessoas, diferentes na sua individualidade, porém unidas.

 

O Pela Vidda oferece teste rápido por fluido oral na sua sede, toda segunda, terça, quarta e sexta, das 14h as 18h30. O Grupo fica na Av. Rio Branco, 135/709.